terça-feira, 20 de outubro de 2009

7ª proposta TEMPO DE UM CAPPUCCINO (15/10/2009)

A sétima proposta surgiu e aconteceu praticamente no mesmo momento,
com pouca negociação.
Tempo curto e barato.
Uma pechincha.

Tudo começou com a idéia de tomar um café, no meio de uma tarde nublada em que realizávamos a ação artística AMA, da Faculdade de Educação da UFRGS, na tarde de quinta-feira, 15/10/2009 (comentarei noutro post).

Dei-me conta de que não tinha um "tostão" sequer na carteira:
ou porque o Beto (namoradoartistacolegamigo) havia pego meus trocados para o seu ônibus,
ou eu havia mesmo gasto tudo e não reposto (essa situação acontece muito, não ir ao banco e ficar sem dinheiro... Ou não tê-lo nem mesmo no banco, o que é ainda pior!).

Uma amigartistacolega propôs, então:

O TEMPO DE DURAÇÃO DE UMA TAÇA DE CAPPUCCINO
PELO VALOR DESTE CAPPUCCINO,

eternizado, num momento/ação/obra de arte.

A obra de arte impulsionada por uma situação adversa.

...

Minutos de vida negociados por uma necessidade básica.
Não é o que fazemos, o tempo todo?

...

O tempo de um cappuccino com amigas é bastante relativo,
mas eu nunca havia calculado exatamente, a partir do primeiro ao último gole.
Éramos quatro, na mesa da lancheria da UFRGS (Campus Central).

Começo: 15h32min
Uma taça média,
aroma adocicado de chocolate com café e canela...
Espesso e espumoso...
Muito doce, não o suficiente para ser enjoativo.
Quente, remetendo imediatamente a uma sensação de aconchego.

Três pediram capuccino (uma, com chantilly).
Uma pediu um café expresso.
Fato importante porque direcionou parte da nossa conversa.
A razão pela qual foi pedido um expresso e não um capuccino: nossa colega é alérgica à lactose.

Tic, tac.
Intolerância à lactose.
Reeducação alimentar.
Quantidade certa de comida para alimentar o corpo e não somente para saciar o emocional.
EQUILÍBRIO.

Fim: 15h42min.

...
Enquanto escrevo e reflito, penso no quanto efêmero e "esquecível" teria sido este momento, como tantos outros, caso não tivesse sido eternizado nestas palavras, bem como nas fotografias que tiramos (e que publicarei aqui, assim que obtê-las).
Qual a necessidade de "ver" o tempo, tomar consciência dele...?
...
O tempo aprisionado e revivido.
A vida mais intensamente vivida.
Torna-a mais longa?
Mais sentida?
Mais perceptível?

Por Cláu

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